sábado, 13 de agosto de 2011

Primeira sala de música doada pelo Rock In Rio já está pronta
A Izzo Musical é parceira do evento no projeto “Por Um Mundo Melhor” e equipará as salas com instrumentos de percussão e guitarras Dolphin.

Na edição 2011 do Rock In Rio, a Izzo Musical fez uma parceria com a organização do evento e participa do projeto de cunho social “Por Um Mundo Melhor”. A ação tem a meta de construir no evento uma oficina de luthier para capacitação de jovens em assistentes de luthier, a montagem de dez salas de músicas em escolas públicas do Rio de Janeiro e a formação de 30 professores de música.

A Izzo está doando para o projeto todos os instrumentos de percussão para equipar as dez salas de música e 12 guitarras Dolphin. A construção da primeira sala de música doada para a Escola Municipal Pereira Passos, localizada no bairro Rio Comprido, no Rio de Janeiro.

A primeira sala será inaugurada por autoridades do Rio de Janeiro e pelo Rock in Rio no próximo dia 11 de agosto. Todas as salas do projeto já estão em fase de construção e a última sala deve ser entregue no final de setembro – data do início do Rock In Rio 2011.

As salas de musica integrarão a grade curricular das escolas do projeto e representam um passo importante em relação a Lei de Musicalização nas Escolas. As guitarras doadas pela Izzo serão autografadas por grandes nomes da música participantes do Rock in Rio e leiloadas após o festival.

Fonte: musicaemercado.com.br

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

[re]comenda | Cidade Submersa
Resultado de um processo de três anos, espetáculo que marca a estreia da companhia Impulso Coletivo será apresentado gratuitamente no C.C.J. Ruth Cardoso.

“Cidade Submersa” - Origem
O Projeto “Cidade Submersa” teve início em 2007, e veio da busca sobre o qual tema seria abordado no primeiro espetáculo da companhia Impulso Coletivo. Nesse processo, partiram para uma pesquisa sobre “desmemorização”, ou a perda de importância e significado desta, a memória, na sociedade atual em que a velocidade, o individualismo e o consumismo desenfreado abrangem até as trocas afetivas. O descontentamento provocou “o olhar” para os lugares impregnados de memórias de outros tempos históricos e pessoas esquecidas, que não interessam para a sociedade, resgatando a tradição oral nas trocas e também de pessoas que esquecem, com a investigação da condição degenerativa do Alzheimer.

Após um ano de pesquisa, encontraram a Vila Itororó e seus moradores, local que sintetiza todas as reflexões, leituras e idéias que serviram como temática para esse espetáculo.

“Cidade Submersa” propõe a reflexão sobre o patrimônio histórico, compreendendo-o não apenas como arquitetura e documento escrito, mas como memória oral, simbólica, cultural e social. A especulação imobiliária, o esvaziamento do espaço público e a busca desenfreada pelo progresso são alguns dos agentes do desenvolvimento da metrópole que intensificam o processo de alienação dos habitantes com relação ao percurso histórico da cidade e seus referenciais identitários.”

Sinopse
A peça conta a história de Eliseu e Virgílio, dois personagens idosos e amigos de infância, que acabaram de se reencontrar depois de muito tempo sem se ver. Eliseu sofre de Alzheimer e hoje vive num asilo. A visita de seu amigo faz com que relembrem e reflitam sobre o lugar onde cresceram, que vem sofrendo grandes transformações. Para reencontrar este local guardado na memória, saem pela cidade se confrontando com suas contradições e mudanças. Ao se depararem com este lugar, (des) caracterizado pelas novas construções e dinâmicas sociais, procurarão estabelecer uma outra forma de se viver na cidade.

No espetáculo, há ainda depoimentos colhidos na Vila Itororó, vila histórica da década de 20, localizada na Bela Vista, em São Paulo, exemplo de um lugar que vem sofrendo um processo de abandono, descaracterização e mesmo negligência do poder público.

“Cidade Submersa” teve sua estreia em maio de 2010, na Casa das Caldeiras, São Paulo, local onde cumpriu uma temporada de quatro semanas. Em 2011, o espetáculo teve apresentações em Mogi das Cruzes e Suzano, e também foi selecionado no edital 2011 de ocupação dos teatros distritais da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo.

A Encenação
Os componentes estéticos do espetáculo visam estabelecer uma relação profunda de afetividade entre os atores e o público. Assim sendo, o espaço de representação se configura pela inserção do espectador no mesmo, quebrando a convencional dualidade de palco-platéia para estabelecer uma relação mais direta e em diálogo constante com a cena. Este público envolvido e compartilhando do mesmo espaço dos atores não somente contempla a ação que se desenrola na sua frente, mas pode também fazer parte da cena, da dramaturgia e tornar-se elemento cenográfico.

Por se tratar de um espetáculo sobre memórias da cidade de São Paulo, e com objetivo de tornar este espaço ainda mais expressivo e elemento fundamental de composição da dramaturgia, a companhia Impulso Coletivo optou por um espaço não-convencional: a Casa das Caldeiras.

As técnicas de representação serão alternadas entre duas opções estéticas: o realismo, proveniente das entrevistas com os moradores e a observação de suas ações cotidianas; e o teatro físico, onde os atores criam cenas com características e signos mais subjetivos, baseadas na predominância da linguagem corporal, construindo uma linguagem mais poética. A fricção entre estas duas tendências caracteriza esta obra como experimental.

Cenário
A proposta espacial cenográfica do espetáculo apresenta-se como uma instalação cênica em espaços da cidade que representam o conflito entre as relações de usos formais e informais, produtos do processo de desenvolvimento urbano.

Composta de objetos de uso diário (cadeiras, escadas, roupas, janelas, portas, mesas, etc), dispostos no espaço de forma entrelaçada como um objeto tridimensional, a cenografia configura-se como uma instalação cênica, desempenhando sua função como objeto de interação em cena com os atores, suporte para projeções de imagens e vídeos e diálogo com a sonoplastia.

O projeto de cenografia apresenta-se como um labirinto multidimensional feito de restos de móveis que formam escadas, níveis e planos para atuação, composto também por retalhos e restos de roupas que abraça a estrutura, podendo também serem utilizados como extensão dos figurinos e corpos.

Figurinos
O figurino, assinado por Viviane Kiritani, é uma composição que busca um corpo sem gênero definido, feitos com restos de roupas antigas e com uma modelagem contemporânea, onde o uso transforma a forma e confere um híbrido corpo- indumentária-personagem, calcado em pesquisas nos parangolés de Hélio Oiticica e na construção dos origamis.

A Cia
A companhia Impulso Coletivo formou-se em 2007 por Jorge Peloso e Marília Amorim, alunos egressos do curso de Educação Artística, com habilitação em Artes Cênicas do Instituto de Artes da UNESP, com o objetivo de pesquisar práticas que potencializem as capacidades corporais, vocais e criativas do ator. Para isso partiram de um treinamento corporal que visava gerar uma expressividade distinta da usada no cotidiano.

Durante este percurso integraram-se ao coletivo uma diretora de arte (Viviane Kiritani) e uma fotógrafa e vídeo-artista (Alicia Peres), que compõem este coletivo artístico como um espaço de criação multimídia.

FICHA TÉCNICA // Cidade Submersa
Concepção - Impulso Coletivo
Direção - Jorge Peloso
Elenco - Jorge Peloso e Marília Amorim
Dramaturgia - Dorberto Carvalho e grupo
Concepção e Colaboração musical - Verlúcia Nogueira
Direção de arte - Vivianne Kiritani e grupo
Comunicação e registro - Alícia Peres

Cidade Submersa
Local: Centro Cultural da Juventude Ruth Cardoso - Teatro de Arena
Endereço: Av. Deputado Emílio Carlos, 3641 - Vila Nova Cachoeirinha - Tel.: 3984-2466
Quando: 20 de agosto, às 20h // 21 de agosto, às 18h
 
Entrada Gratuita - Retirar ingresso com uma hora de antecedência
Capacidade - 150 lugares
Classificação - 12 anos

Fonte: spcultural.com
FILE 2011 - Festival Internacional de Linguagem Eletrônica

A 12ª edição do FILE – Festival Internacional de Linguagem Eletrônica acontece em São Paulo, entre os dias 19 de julho e 21 de agosto de 2011, no Centro Cultural FIESP - Ruth Cardoso. Na programação: instalações interativas e imersivas, tablets, animações, jogos e maquinemas, além de trabalhos de web arte, vídeos, documentários, clipes musicais e experimentações exclusivamente sonoras.

O acesso a todas as atividades do FILE 2011 é gratuito.

Fonte: spcultural.com
Giannini promove concurso cultural
Com o apoio de outras marcas do setor, a fabricante irá premiar o vencedor com uma banda completa.

Visando solidificar a marca frente ao público jovem, a Giannini, em parceria com outras marcas do setor, já está promovendo o concurso cultural ''Giannini e Você''.

Serão premiados os três melhores vídeos, eleitos por votação popular, postados no hotsite da promoção contando como a música marcou a própria vida.

 
O participante poderá ganhar todos os instrumentos para equipar a sua banda e ainda passagem e hospedagem, com acompanhante, para para a Expomusic 2011, que ocorrerá de 21 a 25 de setembro em São Paulo, SP.

Para ver o regulamento e outras informações, acesse: www.gianninievoce.com.br. Os vídeos poderão ser postados até o dia 9 de setembro. No dia 10, serão anunciados os vencedores.

A promoção tem o apoio de Basso Straps; Le Son; Meinl Cymbals; Cifra Club; Prime e Santo Ângelo.

Fonte: musicaemercado.com.br

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Lançamentos Roland para a Expomusic
Fabricante levará para a maior feira de instrumentos musicais e áudio da América Latina uma série de novidades. Com foco na Expomusic 2011, a Roland está lançando vários produtos.

C-200 ROLAND CLASSIC ORGAN

O som dos órgãos de tubos é essencial em vários tipos de performances: corais de igrejas, casamentos, cerimônias, etc. Entretanto, são poucos os lugares que podem contar com um órgão de tubos instalado. Agora, regentes, produtores e músicos poderão contar com um órgão de tubos portátil: C-200, o mais novo integrante da linha Roland Classic. O teclado de 76 teclas pode ser dividido em 3 partes: manual I, manual II e Pedal. São 48 timbres de órgão de tubos, 16 sons orquestrais, além de timbres de harpsichord, celesta, piano e fortepiano. Músicas de época podem ser reproduzidas com fidelidade graças aos cinco tipo de temperamento e 4 opções de afinações barrocas. Conectando-se uma pedaleira na exclusiva entrada PK IN, o C-200 se transforma em um órgão completo.

ROLAND ATELIER AT-350C COMBO ORGAN

Já há muito tempo as barras harmônicas “drawbar” transmitem o sentimento de cada música: jazz, gospel, pop, rock e música sacra. O Roland AT-350C Combo Organ oferece dois teclados (um de 49 e outro de 64 teclas), cada um com seu grupo completo de barras harmônicas. Além disso, são 243 timbres orquestrais que podem ser usados separadamente ou em conjunto. Entre esses timbres, 15 são SuperNATURAL : reproduzem com fidelidade sons de saxofone, trombone, violino e outros. Para que a execução fique ainda mais completa, o AT-350C conta com 210 ritmos com quatro variações cada. Sendo um órgão “combo”, sua utilização fica ainda mais versátil: o músico pode tocar de pé, sentado utilizando uma pedaleira PK-7, ou pode conectar a PK-25, de duas oitavas, transformando o AT-350C em um órgão completo.

V-PIANO GRAND

A mesma tecnologia empregada no V-Piano está sendo direcionada para outro público: o V-Piano Grand da Roland apresenta gabinete refinado de um piano de cauda, com sistema de som próprio que dá ao pianista e aos ouvintes, a real sensação de um piano de concerto. Os potentes falantes estão posicionados no gabinete na posição exata: ouve-se o ruído dos martelos mais próximo ao teclado, enquanto a ressonância vem da parte posterior do gabinete, e as frequências mais graves soam num ângulo de 45 graus da posição do pianista. As possibilidades de customização são totais: espessura dos feltros dos martelos, revestimento das cordas, tamanho da cauda, peso das teclas, e muito mais. Tudo fica registrado, em um timbre com o nome do “autor”.

Para mais informações, acesse www.roland.com.br ou ligue para 11 3087-7700.

Expomusic 2011
Expo Center Norte
Rua José Bernardo Pinto, 333
Vila Guilherme, CEP:02055-000
São Paulo - SP - Brasil 

Exposição interativa com videogames para o Dia dos Pais

Videogames que fizeram parte da infância de vários pais, como Atari ou Mega Drive, até aqueles de última geração, como Nintendo Wii e Playstation 3, estarão à disposição do público no Shopping VillaLobos, na exposição interativa “História dos Videogames”, que abre nesta quinta-feira, 4, na praça central do empreendimento em comemoração ao Dia dos Pais.

A exposição vai tornar possível para pais e filhos voltar no tempo e mostrar para as novas gerações como se jogava videogame nas décadas passadas. Entre os jogos disponíveis para o público, estarão os de corrida que foram hits na década de 80, até os mais modernos games.

Na mostra estarão disponíveis 16 videogames jogáveis ligados a sete TV’s de 50’ de plasma e quatro TV’s de 29’, que prometem fazer a diversão de jovens e adultos. Paralelamente aos jogos, a história dos videogames será contada em quadros que resgatam desde a primeira geração, nascida em 1951, quando o engenheiro de televisão Ralph Baer concebeu pela primeira vez a idéia de uma TV interativa – que deu origem ao primeiro jogo onde dois pontos perseguiam um ao outro na tela – até a sétima geração.

Catraca Livre
História dos Videogames

Data: de 1 a 14/08
Segundas, Terças, Quartas, Quintas, Sextas e Sábados das 10:00 às 22:00
Domingos das 14:00 às 20:00

Shopping Villa-Lobos

Endereço: Av. das Nações Unidas, 4.777. Alto de Pinheiros - Oeste - São Paulo (SP). Telefone: (11) 3024-3738.

Exposição Gerhard Richter
 
Sinopse
Nascido na antiga Alemanha Oriental em 1932, Gerhard Richter se mudou para o lado ocidental em 1961. Ali integrou uma geração que fez o mesmo movimento de migração do socialismo para o capitalismo e renovou a pintura alemã. Ele apresenta na Pinacoteca a mostra Sinopse. A seleção de 27 trabalhos se divide em dois grupos. No primeiro, constam os óleos abstratos de grande porte feitos nas últimas duas décadas. Neles, o artista lança mão de experimentos intensos com cores e camadas de tinta, por meio de pinceladas vigorosas e neoexpressionistas. Também fazem parte da montagem obras criadas a partir de um expediente inusitado. Interessado em discutir os limites da representação visual nos dias atuais, Richter utiliza fotos como matrizes para executar quadros figurativos, sobretudo retratos. Depois, faz o caminho inverso e fotografa as telas. Esses últimos registros estarão na Pinacoteca. De 23/07/2011 a 21/08/2011. Acontece de terça a domingo e feriados das 10h00 às 18h00. A bilheteria fecha meia hora antes. Grátis aos sábados.

Informações
Pinacoteca
Endereço: Praça Da Luz, 02
Tel.: (011) 3324-1000

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Príncipe D. João e Burgi falam de fotos íntimas da família real
Em cartaz no Instituto Moreira Salles (centro de São Paulo) até 11 de setembro, a exposição "Retratos do Império e do Exílio: Imagens da Família Imperial no Acervo de Dom João de Orleans e Bragança" traz 170 fotos da família real brasileira em importantes e íntimos momentos de exercício e após sua queda.

O acervo pertence a D. João de Orleans e Bragança, o D. Joãozinho, e foi cedido ao IMS por cinco anos em regime de comodato. D. João divide a curadoria da mostra com o coordenador de fotografia do instituto, Sergio Burgi.

Segundo Sergio Burgi, a exposição mostra muito do modo de vida da família imperial, que define como "low profile". "Apesar de ser uma família imperial, as fotos mostram a descontração e a falta de formalidade dos nobres brasileiros frentes às câmeras, se comparados com famílias reais de outros países", diz.

O príncipe do Brasil concorda. "Minha família sempre teve um aspecto humilde de não lançar mão de seguranças, de andar no meio da população, de lidar com gente simples o tempo todo."

A descontração e informalidade vistas nas fotos têm também outra razão: trata-se de uma família real, abastada, portanto. Naquela época fotografar era um luxo, "como uma pintura formal", diz D. Joãozinho. A família real, no entanto, tinha fotógrafos renomados à sua disposição para registrar as poses que quisesse. Acompanharam os Orleans e Bragança nomes como Marc Ferrez e Revert Henry Klumb.


Fotografia na família
O príncipe diz que D. Pedro 2º foi o primeiro chefe de estado do mundo a possuir uma máquina fotográfica. "Apesar de nunca ter sido fotógrafo, ele a comprou pois tinha um profundo interesse em acompanhar o desenvolvimento tecnológico pelo qual o mundo passava naquele período e não queria deixar o Brasil para trás. Naquela época, ele também comprou um telefone do próprio Graham Bell", afirma.

O coordenador de fotografia do IMS, Sergio Burgi, acredita, no entanto, que o ofício está na família. O próprio D. Joãozinho é fotógrafo, e as princesas Leopoldina e Isabel fizeram cursos com os fotógrafos dos Orleans e Bragança. 




Ao serem perguntados sobre a imagem mais importante da mostra, ambos apontaram a foto da missa campal que celebra a Abolição da Escravatura. "O registro, apesar tecnicamente não ser tão bem-feito, é um retrato da diversidade brasileira naquela época.

Ele sintetiza em uma imagem tudo o que a exposição quer transmitir --o paradoxo da nobreza e a descontração em uma família, e o momento de mudança de um país proporcionado por ela", diz Sérgio Burgi. "É inegavelmente um marco e uma das passagens históricas mais importantes de nosso país". Afirma D. João. 
 
[re]comenda
Livro | Um Dia na Vida dos Beatles

Em 29 de julho de 1968, o fotógrafo de guerra Don McCullin teve a honra de passar um dia inteiro junto com uma das maiores bandas do mundo, os Beatles. Ele registrou imagens do dia a dia dos "fab four" que, em sua maioria, permaneceram inédita. Até hoje.

Neste livro, que tem como título original uma das canções da banda - "A Day In The Life of the Beatles" - o fotógrafo apresenta cerca de 80 imagens tiradas quatro meses antes do lançamento do "White Album". John, Paul, Ringo e George aparecem fazendo palhaçadas em Londres, rindo, cantando e dançando. Material obrigatório na prateleira dos fãs de carteirinha.

Dados Técnicos
Um Dia na Vida dos Beatles
1a. edição, 2011
Don Mccullin | Cosac Naify

Fonte: livraria.folha.com.br

Red Hot faz show com transmissão ao vivo em cinemas do Brasil
O site oficial do Red Hot Chili Peppers anunciou nesta que a banda fará uma apresentação na Alemanha, em 30 de agosto, que poderá ser vista [via satélite e ao vivo] em cinemas de diversos países.

"O show está confirmado no Brasil, mas o circuito final ainda não. Já as vendas dos ingressos começam em 12 de agosto e custarão R$ 60", afirma Fabio Lima, sócio-diretor da Mobz, empresa responsável pelo evento no país.

"Até lá, por meio do site da Mobz, os fãs podem pedir onde querem assistir ao show para que possamos pressionar o maior número de cinemas possíveis", destaca o diretor.

Segundo o site brasileiro da banda www.redhotchilipeppers.com.br, a sessão acontecerá por volta das 22h e já foi confirmada em seis cidades:

- SÃO PAULO: Kinoplex Itaim
- CAMPINAS: Kinoplex Dom Pedro
- MARINGÁ: Maringá Park
- PORTO ALEGRE: Shopping Total
- RIO DE JANEIRO: Cine Fashion Mall, Kinoplex Tijuca, São Luiz
- SÃO JOSÉ DOS CAMPOS: Shopping Vale Sul

"Só existem 50 cinemas no Brasil em que é possível fazer esse tipo de evento. Vamos tentar chegar o mais próximo desse número", ressalta Fabio Lima.

A apresentação é para mostrar o novo álbum lançado em julho: "I'm With You". A banda irá tocar as músicas desse disco em sequência e alguns dos maiores sucessos --tudo transmitido em alta definição.

Fonte: guia.uol.com.br/cinema

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Começa a venda de ingressos para o festival SWU 2011
Ingressos terão preços promocionais até dia 29 de agosto.
Valor por dia é de R$ 210; pacote para os três dias custa R$ 535,50.


O primeiro lote de ingressos para o SWU 2011 começou a ser vendido pela internet com preços promocionais, através do site www.ingressorapido.com.br. Estão disponíveis os ingressos Pista, para dias isolados, e Passaporte Pista, um pacote para os três dias. As entradas com desconto podem ser adquiridas até dia 29 de agosto, quando passarão a ser comercializadas a preços cheios. A segunda edição do evento acontece em Paulínia (SP), nos dias 12, 13 e 14 de novembro.

O preço promocional do ingresso de Pista é R$ 210 (R$ 105 meia entrada) e o preço promocional do Passaporte é R$ 535,50 (R$ 267,75 meia entrada), que representa a soma dos preços de três dias com 15% de desconto. Cada pessoa poderá comprar até 6 ingressos de valor inteiro por CPF.

As vendas pelo call center (4003-1212) funcionarão de segunda a sábado, das 9h às 22h, e nos domingos e feriados das 11h às 22h. Os ingressos também podem ser adquiridos em 67 pontos de venda espalhados pelo Brasil.

Quem optar pela compra nos pontos de venda não pagará taxa de conveniência. Pela internet e call center, a taxa de conveniência será de 10%, metade do valor cobrado na edição do ano passado.

Os pontos de venda aceitam como forma de pagamento dinheiro, Cartões de Crédito (Visa, Mastercard, Diners, Amex, Hipercard, Aura), Cartões de Débito (Visa electron e Redeshop) e Cartão Benefício (Nutricash). O pagamento com cartões de crédito poderá ser parcelado em até 6x sem juros.

A venda de ingressos para camping e pacote vip será realizada a partir de agosto, em data a ser divulgada.

Meia entrada
Estudantes, aposentados, idosos (acima de 60 anos) e professores da rede pública estadual de ensino de São Paulo podem adquirir apenas um ingresso por CPF. No ato da compra, bem como na chegada do evento, é obrigatória a apresentação dos seguintes documentos:

Estudantes e alunos de pós-graduação: carteira de estudante, boleto bancário da faculdade atualizado; declaração escolar ou declaração de freqüência; documento de identidade com foto (cursos profissionalizantes, cursos técnicos e de idiomas não dão direito a compra de meia entrada).

Aposentados: comprovação da aposentadoria; documento de identidade com foto.

Idosos (acima de 60 anos): documento com foto que comprove a idade do cliente.

Professores da rede pública estadual: carteira funcional emitida pela Secretaria Estadual da Educação; holerite; documento com foto.

Nas compras de meia entrada via call center ou internet, o cliente deve informar os dados referentes aos documentos solicitados.

Serviço
1º lote | Preços promocionais:

Pista (preço por dia)
1º Lote: R$ 210,00 inteira / R$ 105,00 meia

Passaporte Pista (preço para 3 dias)
1º Lote: R$ 535,50 inteira / R$ 267,75 meia

Fonte: globo.com
GRAMADO 2011
Riscado, de Gustavo Pizzi, retrata cotidiano sem artificialismos

A mostra competitiva do 39º Festival de Cinema de Gramado começou sexta à noite (5/8) com a exibição do longa Riscado, primeira trabalho do diretor Gustavo Pizzi em ficção. O filme de baixo orçamento (R$ 800 mil) surpreende pela boa qualidade técnica obtida mesmo contando com recursos limitados. Foi filmado numa mescla de digital e 16mm com resultado estético que não fica atrás de produções bem mais abastadas realizadas no país.

A sessão de Riscado logo após a exibição fora de competição de O Palhaço, de Selton Mello, revelou ao público presente um diálogo inevitável entre as duas produções. No longa de Selton, o personagem central, o palhaço Pangaré, parte numa busca de autoconhecimento depois de se questionar se ser palhaço é o que realmente quer fazer da vida. No filme de Pizzi, a personagem central sabe o que quer, mas enfrenta problemas para conseguir sobreviver em um mundo que parece confrontar sua escolha profissional.

Ambos os personagens são bons em suas áreas, “entendem do riscado”, expressão da qual Pizzi retirou o título de seu filme, mas seguem caminhos diferentes. “O que eu sei fazer de melhor? Como eu posso fazer isso e me sustentar? E se não conseguir conciliar os dois e ter de desprender oito horas de meu dia fazendo algo que não gosto para viver? A maioria das pessoas já passou por esses quetionamentos”, disse Pizzi à imprensa.

A trama de Riscado é centrada na personagem Bianca Ventura (Karine Teles), que almeja ser atriz e trabalha em uma empresa que divulga eventos para sobreviver. Imita personagens de cinema como Betty Page, Carmen Miranda e Marlyn Monroe e consegue conciliar o trabalho com um pequeno grupo de teatro sem recursos. Ela acredita que sua sorte chegou quando é selecionada para participar de um filme com coprodução francesa.

Lendo o parágrafo anterior, tem-se a impressão de estar diante de uma história simple e sem grandes complexidades de enredo. De fato, Riscado segue em narrativa linear e está claramente dividido em três partes: introdução, desenvolvimento e desfecho. A diferença está no modo como o cineasta conduziu o filme, valendo-se de uma estrutura tradicional de narrativa, mas evitando os “gatilhos” comuns de roteiro. “Isso foi de propósito. Não queria que nada tirasse a atenção do caminho da personagem. Eu tentei evitar alguns trunfos do roteiro clássico, mas mantendo uma estrutura de roteiro clássico”, revelou à reportagem do Cineclick.

O longa-metragem realmente foge do lugar-comum. Para o crítico de cinema Heitor Augusto, do Cineclick, “não se trata apenas de exercício formal, mas de criar no espectador um efeito de vida se desenrolando e descortinando continuamente no cinema” (para ler a crítica completa, clique aqui). E esta sensação dá um tom quase documental ao filme. É como se o diretor tivesse apontado sua câmera para a realidade cotidiana da vida de uma pessoa e não a criado ou interferido nesta. O resultado é uma fuga da artificialidade que revela-se o ponto alto do filme. “Foi uma luta muito grande neste filme para eliminar o artifício. Esse tom realista ou naturalista foi muito trabalhado. Meu objetivo sempre foi que coisas genuínas acontecessem em frente da câmera”, afirmou.

Com sua estreia nos cinemas adiada por vezes, a última por conta da seleção para Gramado, Riscado deve chegar aos cinemas brasileiros no início de setembro segundo a assessoria do filme. 


Fabrica de telhas e tijolos vende créditos de carbono

Fábrica de cerâmica vermelha em Paraíso do Tocantins-TO liderada pelo empresário Esequiel Milhomem utiliza um método mais sustentável para produzir telhas e tijolos. Segundo o Globo.com, o processo começa com caminhões que transportam terra a uma esteira onde pedras e pedaços de pau são separados e vendidos a empresas de construção civil.

Em seguida, a terra é misturada a água até virar argila e colocada em moldes com óleo lubrificante para não grudar. Os moldes vão ao forno por 24h a temperatura de quase mil graus.

Ao invés da poluente lenha vegetal, o processo de queima emprega casca de arroz, uma espécie de palha não  aproveitada após a colheita na região e que exalava o extremamente poluente gás metano durante o processo natural de decomposição, 12 vezes mais poluente do que o processo de queima no forno. Ou seja, reduziu-se o impacto ambiental.

Em uma espécie de ganha-ganha, além de ser menos poluente, ao substituir a lenha, a palha de arroz reduziu pela metade os custos referentes à queima. E não é só: as cinzas ainda são vendidas para a indústria de produção de isolantes térmicos, um ganho extra. A empresa ainda verificou uma melhora na uniformidade de telhas e tijolos.

As áreas de trabalho contam com iluminação natural, gerando um pouco mais de economia. Por dois anos, a empresa recebeu certificação de prestígio por suas iniciativas ecológicas e passou a faturar um pouco mais com a venda de créditos de carbono, um bônus emitido por agências ambientais a empresas que reduzem a emissão de gases poluentes.

Contabilizando na boca do caixa o que significa eficácia de processos, apenas a venda dos créditos de carbono rendem 160 mil reais por ano à empresa.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Ministério da Justiça indica terror sérvio para maiores de 18 anos
'A serbian film' ganhou classificação indicativa do Ministério da Justiça.
Longa-metragem contém cenas explícitas de pedofilia e necrofilia
.

O polêmico filme sérvio "A serbian film - Terror sem limites", do diretor Srdjan Spasojevic, foi finalmente classificado pelo Ministério da Justiça nesta sexta-feira (5) como “não recomendado para menores de 18 anos, por conter sexo, pedofilia, violência e crueldade”.

O órgão havia suspendido o processo de classificação da produção na semana passada, com base em uma recomendação de proibição do Ministério Público de Minas Gerais, que acusa a obra de incitar a pedofilia. O filme entraria em cartaz no cinemas no dia 5 de agosto.

"A serbian film" já tinha tido sessão vetada durante o festival RioFan, no Rio de Janeiro, no último sábado (23). A empresa patrocinadora do evento proibiu a projeção, e os organizadores a tranferiram para outro cinema da cidade. Mas a exibição acabou sendo suspensa por conta da ausência de classificação indicativa do filme.

O longa-metragem de terror já havia gerado polêmica na Europa, tendo cenas censuradas na Espanha, Reino Unido e Noruega por supostamente mostrar pedofilia e necrofilia.

Leia a íntegra da nota publicada pelo Ministério da Justiça:

"O Ministério da Justiça decidiu classificar o filme “A Serbian Film – Terror Sem Limites”, que teve sua análise temporariamente suspensa depois de pedido da Procuradoria da República no Estado de Minas Gerais. Parecer elaborado pela Consultoria Jurídica do ministério concluiu que se trata de obrigação classificar indicativamente as obras cinematográficas.

“Por se tratar de atividade de caráter meramente informativo, a classificação indicativa não se traduz em autorização ou permissão para a exibição dos filmes”, afirma o documento.

Segundo a Consultoria Jurídica, o Ministério da Justiça não possui competência para proibir a veiculação de filmes. Essa proibição só pode acontecer por decisão judicial. De acordo com o parecer: “O Departamento de Justiça, Classificação, Títulos e Qualificação não tem competência de aferir a ocorrência de crime, em tese, em obra cinematográfica e, ainda, proibir a sua veiculação antes que se conclua inquérito civil ou policial, ou decisão judicial, a teor do que dispõem os mesmos Decreto nº 6.061, de 2007 e Portaria nº 1.100, de 2006.”

O Departamento de Justiça, Classificação, Títulos e Qualificação classificou, então, a obra cinematográfica “A Serbian Film – Terror Sem Limites” como “não recomendado para menores de 18 anos, por conter sexo, pedofilia, violência e crueldade”.

Atendendo à solicitação, a Secretaria Nacional de Justiça do Ministério da Justiça encaminhou à Procuradoria da República no Estado de Minas Gerais cópia integral do processo de classificação indicativa, contendo o filme."

 Fonte: globo.com
#CulturaNegra
Por Leonardo Brant

Trago uma proposta e uma discussão política sobre a #CulturaNegra. Parto do princípio que toda a cultura produzida no Brasil é negra. Não consigo e não desejo separar os vestígios, indícios, origens, presenças e legados africanos da produção cultural atual.

#CulturaNegra, para mim, é aquela protagonizada pelo negro. Quando ele deixa de ser o objeto retratado da ação cultural para ser o protagonista de sua história, com seu olhar e vivência, próprios de quem sofre na pele o preconceito de uma sociedade dissimulada, que não produz qualquer instrumento de reparação às injustiças sociais centenárias em relação à sua população negra.

O negro precisa empresariar sua ação cultural. Precisa dar as cartas, negociar, dizer como as coisas devem ser. E precisa roteirizar, criar sua dramaturgia, sua linguagem, sua dinâmica sociocultural. Só assim será capaz de alterar as regras do mercado, ampliando espaço para temas, modos de vida, saberes, próprios de uma cultura que, em pleno século XXI, ainda vive encoberto por uma couraça opressora da mídia, das instituições cuturais, da academia e do mercado.

O resto é senzala!

Não tenho dúvida: precisamos reservar espaço e dinheiro para artistas, empreendedores e gestores negros. Sem orçamento e prioridade, continuaremos reproduzindo o antigo modelo escravocrata, com o andar de baixo reservado à população negra, enquanto o branco, por cima, dá as cartas.

A Fundação Palmares é uma conquista, mas não tem dinheiro e estrutura para lidar com uma demanda tão grande quanto a #CulturaNegra, que deve ser tratada como prioridade do Estado brasileiro, como um todo, e do Ministério da Cultura, em particular.

O Procultura está em fase de discussão. É preciso reservar orçamento para proponentes negros. E ajudar a reconstruir o nosso mito fundador.

Viva a #CulturaNegra!

Festival de fotografia exibirá maravilhas da natureza

Nos dias 29 e 30 de outubro, fotógrafos de todos os cantos do globo se reunirão em Lünen, na Alemanha, para realização do 19º Festival Internacional de Fotografia da Natureza. Além da cerimônia de entrega de dois importantes prêmios promovidos pela Sociedade Alemã de Fotógrafos de Natureza (Gesellschaft Deutscher Tierfotografen), o GDT European Wildlife Photographer 2011 e o Fritz Pölking Award 2011, o evento ainda contará com palestras e seminários de pessoas envolvidas no assunto.

Entre os destaques está o finlandês especializado em pássaros Markus Varesvuo. “Fotografar aves é muito divertido. Seja pela aparente infinita variedade de cores e desenhos na plumagem, suas variadas técnicas de sobrevivência, sua incansável procura por alimento e a capacidade de caça, seja pela maneira como elas criam filhotes na natureza e em meio aos homens ou pelo fato de que elas voam –algo que os distingue da maioria das outras criaturas. Não há falta de inspiração”, comentou o finlandês.

A palestra do casal Verena Popp-Hackner e Georg Popp, especializado em paisagens e que sempre carregam os filhos nas viagens pelo mundo, também promete ser um dos pontos altos do evento. “Nosso principal foco é registrar áreas incomuns, raramente fotografadas. Quando viajamos para regiões exóticas, a fotografia em casa [Áustria] segue a ideia de cativar com novas composições de locais conhecidos revelando luz e atmosfera inesperadas”, disse Verena.

Confira alguns cliques do Festival a seguir:



Fonte: style.greenvana.com


Laminado de bambu dá brilho a escrivaninha toda estilosa
 
Decorações sustentáveis são sempre bem-vindas para dar deixar qualquer cômodo mais moderno. Expressam muito bem a personalidade de que opta por elas. Com base nisso, a empresa MisoSoupDesign criou o K Workstation, um móvel simples e moderno feito de bambu que substitui a escrivaninha com o benefício de ter uma prateleira para organizar o material de trabalho, fazendo o papel de uma verdadeira “estação de trabalho” completa com um design que chega a ser invejável.


Ocupa bem menos espaço que um móvel tradicional e ainda é feito de compensado laminado de bambu, o que garante o conceito de sustentabilidade ao projeto. Sua estrutura de curvas é surpreendente e a solução para o teclado, ótima. Ainda pode ser montado e desmontado facilmente.











domingo, 7 de agosto de 2011

Confira como esta ficando o Rock in Rio
Primeira mão. O Studio ar.v recebeu da produção do evento algumas imagens da estrutura sendo montada.





Resgate Cultural | Vale da Música

Clementina de Jesus, Mano Elói, Rosinha de Valença e Dilermando Reis têm em comum o fato de serem artistas da música popular brasileira. Mas suas biografias mostram outra coincidência: todos nasceram em cidades do Vale do Paraíba.

O compositor e pesquisador Nei Lopes percebeu a influência da cidade natal de Clementina de Jesus (1901-1987) em seu repertório quando escreveu o livro “Rainha Quelé: Clementina de Jesus”, em parceria com a jornalista Lena Frias. “Clementina saiu de Valença para o Rio ainda bem pequena. Mas podemos ver, no repertório dela, a memória rural”, diz ele. Quanto à influência da região no samba carioca, ele não tem dúvidas: “A cultura musical de Valença e de toda a região do café foi fundamental para os antigos sambistas. A Serrinha (berço da escola de samba Império Serrano) e o Morro do Salgueiro, por exemplo, tinham moradores que vieram do Vale do Paraíba e das redondezas”.

O compositor Mano Elói (1888-1971) foi outro sambista que cresceu com a cultura do Vale do Paraíba. Nascido em Resende, interior fluminense, ele participou da criação de várias escolas de samba, como a Vai Como Pode (atual Portela) e Escola Prazer da Serrinha (hoje Império Serrano). Jongueiro e pai de santo, Mano Elói foi o primeiro a gravar pontos de macumba em dois discos da Odeon. Ele chegou a ser eleito como o “Primeiro Cidadão do Samba”, em concurso promovido pela União Geral das Escolas de Samba do Brasil.

Mário de Andrade, em pesquisa em São Luís do Paraitinga (SP) no início dos anos 1930, já dava pistas de como eram os sambas do Vale do Paraíba que depois foram transferidos para os centros urbanos do Rio de Janeiro e São Paulo. No livro “Aspectos da música brasileira”, ele descreve como as pessoas se reuniam num samba: “Enfileirados os instrumentistas, com o bumbo ao centro, todos se aglomeram em torno deste, no geral inclinados pra frente, como que escutando uma consulta feita em segredo”.

Além dessa ligação com o samba, a região tem como músicas típicas o calango, e o jongo. Nascido e criado em Volta Redonda, o compositor e bandolinista Carlos Henrique Machado Freitas chegou a lançar o estudo “Vale dos Tambores” (2005), em livro e CDs. Nele, o artista apresenta um panorama da produção musical do Vale, fortemente influenciada pela população negra. “A vinda dos negros da região Nordeste para o Vale no século XIX, ampliou a musicalidade desta região”, diz Freitas. Segundo ele, o violão de Dilermando Reis (1916-1977), tinha um “timbre tipicamente rural”. O motivo possivelmente está na sua origem: ele nasceu em Guaratinguetá, cidade paulista do Vale.

A ancestralidade de artistas renomados da música brasileira confirma a forte ligação com o Vale do Paraíba. Freitas faz questão de chamar a atenção para as influências de Baden Powell (1937-2000): “Seu avô era maestro de banda de escravos”. A banda a que o músico se refere era uma das dezenas que eram mantidas pelos barões do café. Segundo a historiadora Aressa Rios, a iniciativa era motivada por uma questão de status. “Esses conjuntos davam mais notoriedade aos senhores, assim como o número de escravos e as capelas de suas propriedades”, diz Aressa.

As bandas se apresentavam em coretos e eram normalmente regidas por maestros estrangeiros. Os negros aprendiam a tocar instrumentos de sopro, como trombone e trompete. O repertório era europeu. “Tocava-se Rossini, Verdi... Mas apesar do repertório, os escravos conseguiam dar uma identidade negra na forma de execução”, diz Freitas. Essa combinação de elementos europeus e africanos na banda é o que aproxima a música das bandas de escravos do choro, que foi popularizado no Rio de Janeiro pelo compositor e flautista Joaquim Calado (1848-1880) na segunda metade do século XIX. Coincidência? Aressa Rios dá uma pista: “Na segunda metade do século XIX houve uma migração muito grande do Vale do Paraíba para o Rio de Janeiro”.