terça-feira, 9 de agosto de 2011

Fabrica de telhas e tijolos vende créditos de carbono

Fábrica de cerâmica vermelha em Paraíso do Tocantins-TO liderada pelo empresário Esequiel Milhomem utiliza um método mais sustentável para produzir telhas e tijolos. Segundo o Globo.com, o processo começa com caminhões que transportam terra a uma esteira onde pedras e pedaços de pau são separados e vendidos a empresas de construção civil.

Em seguida, a terra é misturada a água até virar argila e colocada em moldes com óleo lubrificante para não grudar. Os moldes vão ao forno por 24h a temperatura de quase mil graus.

Ao invés da poluente lenha vegetal, o processo de queima emprega casca de arroz, uma espécie de palha não  aproveitada após a colheita na região e que exalava o extremamente poluente gás metano durante o processo natural de decomposição, 12 vezes mais poluente do que o processo de queima no forno. Ou seja, reduziu-se o impacto ambiental.

Em uma espécie de ganha-ganha, além de ser menos poluente, ao substituir a lenha, a palha de arroz reduziu pela metade os custos referentes à queima. E não é só: as cinzas ainda são vendidas para a indústria de produção de isolantes térmicos, um ganho extra. A empresa ainda verificou uma melhora na uniformidade de telhas e tijolos.

As áreas de trabalho contam com iluminação natural, gerando um pouco mais de economia. Por dois anos, a empresa recebeu certificação de prestígio por suas iniciativas ecológicas e passou a faturar um pouco mais com a venda de créditos de carbono, um bônus emitido por agências ambientais a empresas que reduzem a emissão de gases poluentes.

Contabilizando na boca do caixa o que significa eficácia de processos, apenas a venda dos créditos de carbono rendem 160 mil reais por ano à empresa.

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