quarta-feira, 23 de novembro de 2011

TEATRO | Cine Camaleão - A Boca do Lixo




Categoria: Peças
Gênero: Drama
Duração: 70 minutos
Direção: Paulo Faria
Elenco: Mel Lisboa, Juliana Fagundes, Beto Magnani e outros
Censura: 16 anos

Locais e horários

Sede Luz do Faroeste
Endereço:
Alameda Cleveland, 677
Tel.: (011) 3362-8883
Quando:
(Sáb e Dom) Acontece sábados às 19h00 e 21h00 e domingos às 19h00. R$ 30,00 (antecipado através de reserva por telefone). 
Na hora, o valor do ingresso é definido pelo público no final do espetáculo. 
De 15/10 a 18/12.

Entre as décadas de 60 e 80, a região central reuniu as principais produtoras de cinema de São Paulo. Batizada de Boca do Lixo, a área compreendida entre Campos Elíseos, Bom Retiro, Luz e Santa Ifigênia conheceu o apogeu comercial com as pornochanchadas, um contraponto às fitas de ambições psicológicas e sociais realizadas por Glauber Rocha, Joaquim Pedro de Andrade e Arnaldo Jabor, entre outros. Inspirada nesse movimento, a Cia. Pessoal do Faroeste criou o drama Cine Camaleão — A Boca do Lixo, escrito e dirigido por Paulo Faria. A montagem está em cartaz na Sede Luz do Faroeste, localizada bem nas imediações do agito daquele tempo. Colabora para o público entrar no clima a degradação da área, onde, nos últimos meses, foram inaugurados o Sesc Bom Retiro e o Teatro Grande Otelo, no Liceu Coração de Jesus. Os quarenta espectadores (que devem reservar os ingressos por telefone) são acomodados em cadeiras lado a lado, valorizando a cenografia assinada por F.E. Kokocht e Faria. Mel Lisboa interpreta a cantora Wanda Scarlatti. Ela decide financiar um filme com a condição de protagonizar uma cena de sexo explícito e chama o cineasta Tony Reis (papel de Roberto Leite) para tocar a produção. Frustrado por não poder bancar trabalhos de arte e depender da pornochanchada, ele enxerga a chance de tirar proveito da situação. O espetáculo traça um interessante painel dos anos 70 e entretém a plateia. Recheada de ironia, a aprofundada dramaturgia traz referências à vida cultural e ao cenário político da época e costura bem a metalinguagem, representada por projeções do filme que desenrola a trama. Se não surpreende, a atuação de Mel dosa sensualidade e tenta imprimir um certo sarcasmo. Para isso, a atriz conta com o apoio do afinado elenco, completado por Juliana Fagundes, Beto Magnani, Lorenna Mesquita e Thais Aguiar.

vejasp.abril.com.br

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