quarta-feira, 23 de novembro de 2011

AC/DC
Biografia


A imagem arruaceira, os riffs grandiosos e as letras máculas sobre sexo e bebidas ajudaram o AC/DC a se tornar uma das maiores bandas de hard rock da história. Quando eles surgiram na Austrália nos anos 70, a simplicidade das músicas e dos riffs caiu nos ouvidos dos fãs do rock progressivo nos Estados Unidos; na verdade, eles foram inicialmente classificados como uma banda punk. Mas isso começou a mudar no final da década. E em grande parte graças ao showman Angus Young, que se tornou famoso tanto por entreter o público com seu duck-walking quanto por sua guitarra base corajosa, baseada no blues, o grupo tem um dos shows mais confiáveis do planeta. Os discos do AC/DC constantemente atingem a casa dos milhões de cópias vendidas, ainda que eles nunca tenham tido um single no top 20 dos Estados Unidos. 


Os irmãs guitarristas Angus e Malcolm Young se mudaram com a família da Escócia para Sydney em 1963. Depois de formarem a primeira versão do AC/DC em 1973, eles chamaram Bom Scott um ano depois, seguido pelo baterista Philip Rudd e o baixista Mark Evans. Os quatro primeiros discos foram produzidos por Harry Vanda, ex-Easybeats, e George Young, irmão mais velho de Malcolm e Angus. O grupo conseguiu uma sólida reputação na terra natal desde cedo, mas só chegaram aos Estados Unidos com Highway to Hell, em 1979. 


Em fevereiro de 1980, não muito depois do início do sucesso do AC/DC nos Estados Unidos, Bon Scott morreu sufocado com seu próprio vômito, após uma noite inteira de bebedeira. Dois meses depois ele foi substituído pelo igualmente rude Brian Johnson, ex-vocalista do Geordie. Quatro meses depois, Back in Black começou uma corrida nas paradas norte-americanas, que duraria um ano, chegando ao quarto lugar. Impulsionado pela faixa-título e pela ambígua "You Shook Me All Night Long”, o disco vendeu mais 22 milhões de cópias até hoje, sendo o quinto disco mais vendido da história dos Estados Unidos. Dirty Deeds Done Dirt Cheap, um relançamento de 1981 do disco que haviam lançado na Austrália, chegou ao terceiro lugar nos EUA, seguido de For Those About to Rock, We Salute You, o primeiro álbum deles a chegar ao topo das paradas, no final de 1981. As vendas menos espetaculares dos discos Flick of the Switch (número 15 em 1983) e Fly on the Wall (número 32 em 1985) deram lugar aos multimilionários Who Made Who (trilha do filme Comboio do Terror) e The Razors Edge (número dois em 1990). Este último tem o mais próximo que a banda conseguiu de um hit nas paradas, “Moneytalks” (23, em 1991). 


Em janeiro de 1991, três fãs morreram esmagados em um show do AC/DC em Salt Lake City, Utah. No final de 1992, o grupo pagou às famílias dos três uma quantia não revelada, depois de um acordo não judicial. O centro de convenções onde aconteceu o show, o promotor do evento e a companhia de segurança também estiveram envolvidas no acordo. 


O AC/DC se manteve em baixa até 1995, quando o disco Ballbreaker, produzido por Rick Rubin e que marcou o retorno do baterista Phil Rudd, estreou na quarta posição. Em 1997, saiu o box com cinco CDs Bonfire, lançado em 1997, com músicas ao vivo gravadas entre 1977 e 1979, assim como uma versão remasterizada de Back in Black. Foi a primeira vez que a banda lançou material com Bom Scott desde a morte do cantor. 


Com George Young voltando ao posto de produtor, Stiff Upper Lip (número sete, 2000), o AC/DC confirmou o status de uma das bandas de hard rock mais famosas do planeta. Sabiamente se mantendo fiel à fórmula de riffs sem firulas, a banda saiu em uma grande turnê, durante a qual, como sempre, Angus vestiu seu uniforme escolar. 


Em 2008, a banda voltou com Black Ice, no qual o conhecido som do grupo permaneceu inalterado. Foi o primeiro álbum deles, desde 1981, a chegar ao número um nos Estados Unidos; e ficou em primeiro lugar em outros 28 países. Na primeira semana nos EUA, com vendas exclusivas no Wal-Mart, chegou a 784 mil cópias vendidas. Em 2009 veio o box Backtracks,/i>, com três CDs, dois DVDs e um LP de raridades de estúdio e ao vivo. Naquele ano, a Recording Industry Association of America declarou que o AC/DC é o nono grupo a vender mais discos nos EUA. 


Trechos dessa biografia apareceram no livro The Rolling Stone Encyclopedia of Rock & Roll (Simon & Schuster, 2001). Colaboração de Chuck Eddy


rollingstone.com.br

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