quarta-feira, 23 de novembro de 2011

B.B. King
Biografia


B.B. King é o mais famoso dos bluesmen modernos. Tocando sua indefectível Gibson, a qual ele carinhosamente se refere como Lucille, o vibrato da mão esquerda de King influenciou diversos guitarristas de rock, incluindo Eric Clapton, Mike Bloomfield e David Gilmour, do Pink Floyd. Quinze vezes ganhador Grammy, King já recebeu praticamente todos os prêmios de música que existem, incluindo um Grammy especial por toda sua obra em 1987. 


Nascido Riley B. King em 16 de setembro de 1925, em Itta Bena, no Mississippi, ele colhia algodão quando jovem. Nos anos quarenta, ele tocava nas ruas de Indianola, antes de se mudar para Memphis, por volta de 1949, para tocar profissionalmente. Quando jovem, ele estudou as gravações de guitarristas tanto de jazz quanto de blues, incluindo T-Bone Walker, Charlie Christian e Django Reinhardt. 


No começo dos anos 50, King trabalhava como disc jockey na estação da rádio de música negra WDIA, onde ele era chamado de “Beale Street Blues Boy”. O Blus Boy foi abreviado para B.B., e o apelido ficou. O programa de rádio e os shows em Memphis ao lado dos amigos Johnny Ace e Bobby “Blue” Band fizeram a reputação de King crescer. Uma de suas primeiras gravações, "Three O'Clock Blues", para o selo RPM, foi um sucesso nacional em 1951. Durante os anos 50, os discos e shows de King tinham vendas consistentes. 


Live at the Regal, de 1965, é considerado um dos álbuns definitivos de blues. O revival do blues em meados da década de 60 apresentou King a platéias brancas, e em 1966 ele estava regularmente em circuitos de shows de rock e em rádios. Ele continuou a ter hits na parada de soul ("Paying the Cost to Be the Boss," número dez R&B, 1968). Live and Well foi um disco notável, tendo a música “Why I Sing the Blues” (número 13 R&B, 1969) e o único single de King que entrou no top 20 da parada pop, “The Thrill Is Gone” (número 15 pop, número três R&B, 1970). 


Nos anos 70 ele também gravou discos com seu amigo de longa data e uma vez chauffeur Bobby Bland: Together for the First Time... Live (1974) e Together Again... Live (1976). Stevie Wonder produziu “To Know You Is to Love You”. Em 1982 King gravou um disco ao vivo com o Crusaders. Em 1981, There Must Be a Better World Somewhere ganhou um Grammy; ele ganhou outro por Live at San Quentin, em 1990. Ele entrou para a Blues Foundation Hall of Fame em 1984, e para o Hall da Fama do Rock and Roll em 1987. Em 1990 ele ganhou o prêmio por toda sua obra no Hall da Fama dos Compositores. Em maio de 1991, ele abriu o B.B. King’s Blues Club em Memphis (um segundo foi inaugurado em Nova York, em 2000). 


Em 1989 ele cantou e tocou com o U2 na música “When Love Comes to Town”, do disco Rattle and Hum. King of Blues, um box com quatro CDs, foi lançado no mesmo ano, começando com o primeiro single de King, “Miss Martha King”, lançado originalmente em 1949. Para Blues Summit, em 1993, King se uniu a amigos do blues como John Lee Hooker, Lowell Fulson e Robert Cray. King disse uma vez que aspirava ser um “embaixador do blues”, e nos anos 90 ele parecia ter atingido esse status. Em 1995 ele recebeu o Kennedy Center Honors. O ano seguinte marcou a publicação de sua autobiografia, Blues’ All Around Me (coescrita com David Ritz). 


No ano 2000 o duplo disco de platina Riding with the King, com Eric Clapton, liderou a parada de blues da Billboard. King continuou a gravar, fazer shows e receber prêmios na primeira metade dos anos 2000. O presidente norte-americano George W. Bush deu a ele a Presidente Medal of Freedom no ano 2000. Dois anos depois ele lançou um de seus mais aclamados discos de estúdio, One Kind Favor, produzido por T Bone Burnett e tendo King fazendo versões limpas de clássicos do blues, como See That My Grave Is Kept Clean", do Blind Lemon Jefferson. 


Trechos dessa biografia apareceram no livro The Rolling Stone Encyclopedia of Rock & Roll (Simon & Schuster, 2001). Colaboração de Mark Kemp


rollingstone.com.br

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