quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Grupo da caçula de Tom Jobim mistura jazz com Britney Spears
Luiza Jobim é uma das vocalistas da banda Baleia e se esforça para não se apoiar na fama do pai


Uma banda de nome inusitado – Baleia –, com um som sofisticado que junta pitadas de jazz-canção temperadas com referências improváveis como Britney Spears ou Justin Timberlake e ainda adicionadas a instrumentos pouco convencionais e corajosos para uma banda iniciante, como violino e acordeão, já seriam elementos suficientes para chamar a atenção. Mas, por mais que se tente ser blasé diante da informação, o som de um pequeno sobrenome, de apenas cinco letrinhas, associado a uma das integrantes do grupo acaba atraindo os ouvidos de qualquer um. Luiza Jobim, vocalista da banda Baleia, faz de tudo para que isso não aconteça. Mas é difícil.


Filha caçula de Tom Jobim, a cantora afirma que a banda não quer se ater a rótulos. “Claramente existe um interesse de fora e dos jornalistas. Mas quem nos conhece, sabe que a nossa música não tem nada a ver com Tom Jobim”, afirmou ela, que nunca imaginou seguir por esse caminho. “Cresci com muitos ensaios na minha casa, muitos músicos. Isso influencia, com certeza. Mas demorei muito para querer fazer música. Fiz cinco anos de faculdade de arquitetura, totalmente desencontrada. A Baleia é minha primeira banda”.


Além de Luiza, a banda ainda tem David Rosenblit (piano), Cairê Rego (baixo), os irmãos Gabriel e Sofia Vaz (voz), Felipe Pacheco (violino e guitarra) e João Pessanha (bateria). Os dois primeiros, também são filhos de músico, o pianista e arranjador Alberto Rosenblit, responsável por inúmeras trilhas de novelas e programas da TV Globo, e o baixista Paulo Rego, respectivamente.


O grupo costuma falar em uníssono. Os integrantes não estão interessados em convites quando o enfoque é outro que não a banda. “Tentamos lidar com isso da melhor forma possível. É natural o interesse. Já que Tom Jobim é uma referência, as pessoas querem saber se tem algo a ver. Mas não usamos isso para conseguir nada”, afirma Gabriel.




                                                           Luisa Girão, iG Rio de Janeiro 

                                                               Foto: George Magaraia





Nenhum comentário:

Postar um comentário