terça-feira, 16 de agosto de 2011


Fotógrafos profissionais dão dicas para você aproveitar melhor a câmera do smartphone
Você comprou um smartphone com uma câmera “bacanuda” e está se achando o fotógrafo. É foto de comida para lá, prédio para cá, flor acolá… O Instagram virou a rede social do momento e cada instante do seu dia, do metrô matinal ao pôr-do-sol, é registrado. Legal, mas será que você está tirando as melhores fotos que poderia?

Três fotógrafos profissionais que também utilizam o celular como instrumento e reuniu algumas dicas básicas para aproveitar melhor a câmera de seu celular. Confira:

O zoom digital é eficaz?
Não. Otavio Valle, editor assistente de fotografia do jornal “Agora São Paulo”, aconselha o usuário a sempre captar o quadro inteiro e evitar aproximar o objeto virtualmente. Isso porque o zoom digital não é uma aproximação real do objeto, mas sim uma aplicação virtual, que faz a foto perder qualidade. Em outras palavras, tanto faz o usuário tirar a foto com o celular com ou sem zoom ou dar o zoom posteriormente em um software de edição de foto. O efeito é o mesmo. O uso do zoom só está liberado se o fotógrafo tiver a intenção de distribuir a imagem rapidamente, sem tempo para edições.

Usar o flash do celular adianta alguma coisa?
Evite. Os três profissionais entrevistados pelo UOL Tecnologia desaconselham o uso do flash do celular. Para Alexandre Mota, colaborador do projeto Uaiphone, que reúne trabalhos de fotógrafos captados com o iPhone, o flash tende a deixar a imagem “chapada” e artificial. O ideal é sempre abusar da luz ambiente. Em casos extremos, como uma pista de dança, o flash deve ser usado com no máximo um metro e meio de distância, caso contrário ele não surtirá efeito.

Quantidade de megapixels no celular é importante?
Depende. Segundo o fotógrafo Danilo Siqueira, autor do blog “Let’s fotografar”, a quantidade de megapixel só é importante se o usuário tiver o hábito de imprimir e ampliar fotografias. Nesses casos, uma câmera de, no mínimo, 5 megapixels é o ideal. Se o intuito for só espelhar o material em blogs e redes sociais, a criatividade será muito mais importante do que a quantidade de megapixel. Trocando em miúdos, a criatividade pode muito bem compensar a falta de megapixels, caso o usuário só pretenda criar álbuns para os amigos curtirem no Facebook.

Existe uma forma de treinar o olho para tirar fotos mais legais?
Sim. Quem quiser tirar fotos cada vez mais acuradas deve treinar, estudar e acompanhar o trabalho de grandes fotógrafos. Para Alexandre Mota, colaborador do projeto Uaiphone, que reúne trabalhos de fotógrafos captados com o iPhone, os álbuns diários de fotos de portais como o UOL são ótimas fontes de aprendizado, já que o conteúdo é factual, simples de entender e produzido por profissionais. Outra dica dada por Alexandre é utilizar o bom senso. Antes de clicar, imagine o quadro, o contraste de cores e luz, pense como a lente captaria a imagem, conheça o aparelho e só então faça a foto. Não é por que a memória do celular é virtualmente infinita que se deva “tirar por tirar”.

O objeto da fotografia deve estar sempre no meio?

Nem sempre. Segundo Otavio Valle, editor assistente de fotografia do jornal “Agora São Paulo”, centralizar o objeto “não tem erro”, mas, dependendo do objeto, vai tornar sua foto mediana e comum. Se você ainda está aprendendo, centralizar minimiza o risco de perder a imagem, mas é sempre bom soltar a imaginação e tentar recortes diferentes.  O fotógrafo Danilo Siqueira, autor do blog “Let’s fotografar”, dá outra dica: alguns celulares e aplicativos mostram na tela uma espécie de jogo da velha. Se o usuário usar as intersecções das linhas como referência para enquadrar objeto, a foto estará equilibrada. Ainda assim, as regras devem ser quebradas e grandes fotos foram tiradas quando os fotógrafos não seguiram à risca as técnicas.

Como faço para tirar fotos de objetos em movimento?
Os celulares de hoje já estão bem avançados em matéria de fotografia, mas não fazem milagre. Se o ambiente estiver com bastante luz, é provável que o próprio aparelho regule a velocidade do obturador para fazer o registro. Se a luz for escassa, dificilmente será possível um resultado satisfatório. Ainda assim, existem duas técnicas que podem ajudar em certos casos. Segundo Alexandre Mota, colaborador do projeto Uaiphone, que reúne trabalhos de fotógrafos captados com o iPhone, acompanhar o movimento do objeto com o celular pode criar sensação de que o fundo está em movimento, e o objeto está parado. Se isso não for possível, o ideal é apoiar o smartphone em alguma superfície, para evitar que o movimento do fotógrafo prejudique a imagem em um ambiente de pouca luz. 

Fonte: tecnologia.uol.com.br

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