quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Resgate Cultural
Gonzaguinha e a rapaziada
 
Nasceu num dia 22, no Rio de Janeiro, filho da cantora Odaleia Guedes dos Santos, que morreu pouco depois do moleque nascer. Também filho – biológico ou adotado e assumido – do cantor e compositor Luiz Gonzaga, foi criado por um casal amigo de Gonzagão (Xavier e Dina, “Diz lá pra Dina que eu volto/Que o seu guri não sumiu”, no Morro do Estácio). Recebeu o nome do Rei do Baião, virou Luiz Gonzaga Júnior nos primeiros passos do Movimento Artístico e Universitário (MAU), compôs suas primeiras músicas e virou Gonzaguinha.

O talento foi demonstrado logo, logo, nos primeiros festivais da canção de que participou. A primeira música saiu quando ele tinha 14 anos, Lembrança da primavera; o primeiro sucesso em 1973, Comportamento geral; a que confirmou o seu nome em 1980, Começaria tudo outra vez; e o estouro da boiada em 1994, Grito de alerta. Acreditou na rapaziada, e com ela foi um dos líderes do MAU, ao lado de Ivan Lins, Aldir Blanc, Paulo Emílio, Márcio Proença, César Costa Filho e outros.

Apesar de conviver de perto com a censura, e de ter boa parte de sua obra proibida, Gonzaguinha compôs inúmeros sucessos e gravou mais de 30 discos, entre originais e coletâneas. Conquistou o público estudantil com canções de protesto, a turma romântica com versos líricos e inspirados, e até o arredio Gonzagão, com parcerias que nem A vida do viajante. Morou os últimos anos de vida em Belo Horizonte e corria o Brasil inteiro, em viagens para shows, palestras e apresentações.

Numa dessas, morreu num acidente de carro, em 1991, numa estrada do interior do Paraná. Deixou três filhos – todos artistas da música, Daniel, Fernanda e Amora – e uma obra de altíssimo nível.

Fonte: revistamusicabrasileira.com.br

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