quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Mais completa biografia de Elis Regina é relançada
"Ela conseguia reunir voz, interpretação e escolha de repertório como nenhuma outra”, afirma Regina Echeverria, autora de Furacão Elis

Aproveitando os 30 anos da morte da cantora Elis Regina, completados neste 19 de janeiro, acaba de ser lançada uma nova edição daquela que é considerada a biografia mais completa a respeito dela. Furacão Elis, de autoria da jornalista Regina Echeverria, chega às livrarias revista e ampliada. “Será que algum dia teremos uma cantora do Brasil com uma voz do outro mundo? Acho difícil. Ela conseguia reunir voz, interpretação e escolha de repertório como nenhuma outra”, frisa Regina, que já escreveu livros também a respeito de Luiz Gonzaga, Gonzaguinha e Cazuza, entre outros. “Ela era uma cantora de personalidade, e seu nome já está escrito na história da moderna MPB”, complementa.

Em mais de 240 páginas, a escritora relata desde a primeira vez em que Elis Regina cantou em público, aos 11 anos, no programa Clube do Guri, na Rádio Farroupilha, em Porto Alegre, passando pela consagração no I Festival de Música Popular Brasileira, na TV Excelsior, o qual venceu com a música “Arrastão”, até os últimos dias de vida, em São Paulo, no início de 1982.

Outro aspecto destacado no livro é a importância dela como lançadora de novos compositores, como Ivan Lins, João Bosco, Milton Nascimento e Gonzaguinha, entre outros. “De fato, Elis adorava lançar novos compositores. E, como todos os citados e outros também, como Paulo Cesar Pinheiro, surgiram na mesma época, ela teve muita sorte de pertencer a essa geração. E também sabia muito bem que o que torna uma cantora realmente grande é a qualidade das músicas que interpreta”, acredita Regina. “A cada disco, Elis ouvia uma tonelada de fitas cassete que costumava receber. E ela ouvia realmente todas.”

No final, Furacão Elis traz a discografia completa e bastante detalhada de Elis Regina. Mas é claro que a jornalista e escritora tem os seus discos preferidos. “Me apaixonei por Elis em Samba Eu Canto Assim. E segui por Elis, Como e Por que, Elis e Tom, Falso Brilhante, Saudade do Brasil e Essa Mulher. Todos maravilhosos”, opina. Já com relação às homenagens, ela completa: “Hoje acredito que a obra de Elis terá sempre mais seguidores. Vejo no Facebook, por exemplo, as comunidades em nome dela e seus frequentadores. Quantas homenagens serão feitas este ano? Serão muitas, inclusive uma turnê da filha Maria Rita. Como se escreveu nas pichações no ano de sua morte: Elis Vive!”.

rollingstone.com.br

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