terça-feira, 18 de outubro de 2011

Baterista do Metallica diz que não quis trabalhar na trilha de 'Kill Bill'
'Maior erro que já fiz', revelou Lars Ulrich em entrevista para revista.
Segundo ele, Tarantino criou cenas de luta ao som de faixas da banda.


Durante a divulgação do álbum "Lulu", do Metallica com Lou Reed, o baterista Lars Ulrich revelou que não aceitou trabalhar na trilha sonora de "Kill Bill", um dos maiores êxitos do cineasta Quentin Tarantino. "Foi o maior erro que já fiz na vida", revelou em entrevista à revista "Newsweek".

Segundo o músico, ele o diretor jantaram juntos em San Francisco anos atrás. O encontro serviu para Tarantino adiantar ao baterista que algumas cenas do filme foram inspiradas em músicas da banda de metal, assim como convidá-lo para escrever a trilha do longa.

"Um dos 30 minutos mais surreais da minha vida foi ter Quentin Tarantino a seis palmos a minha face, com os olhos dançando, intensamente animado, explicando intrinsecamente os detalhes de como ele escreveu e coreografou duas das principais cenas do filme com base nas músicas do Metallica 'Enter Sandman' e 'Sad but true'", afirmou.

O baterista explicou que após o jantar recebeu um roteiro "denso" do filme e que não o compreendeu quando o leu. "Percebi que ele estava escrito em uma linguagem que estava fora da minha real compreensão. Nunca tinha me deparado como uma narrativa como aquela, baseada na cultura estrangeira de artes marciais e mitos asiáticos. Simplesmente não consegui pôr minha cabeça dinamarquesa para funcionar ao redor daquilo".

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

'A música é uma máquina do tempo', diz o cineasta Eduardo Coutinho
'As canções', novo documentário do diretor paulistano, está no Festival do Rio.
Homens e mulheres cantam e falam de músicas que marcaram suas vidas.


Espalhe cartazes por diversos pontos da cidade do Rio de Janeiro com os dizeres: "Alguma música já marcou sua vida? Cante e conte sua história". Reproduza a mensagem na internet e nos jornais. Depois, selecione aqueles que espontaneamente se oferecerem para a empreitada e registre-os em vídeo, a capella (cantando sem acompanhamento). Selecione as 18 melhores histórias. O resultado é o documentário "As canções", do cineasta Eduardo Coutinho, um dos concorrentes à mostra competitiva do Festival do Rio 2011, que acontece até o próximo dia 18. "Além de escolher as histórias mais fortes, fiz questão de ignorar meu gosto pessoal com relação às músicas. Não tive preconceito", conta Coutinho, também diretor de "Edifício Master", "Jogo de cena" e "Moscou". Geralmente anexadas a episódios tristes do passado, as canções, que vão desde Roberto Carlos ao repertório composto pelos próprios entrevistados, trazem um traço em comum, segundo o cineasta. "A música te transporta para outro lugar, para outro mundo, para outro tempo. Clássica ou brega, é uma máquina do tempo. E esse tempo é sempre o passado", conclui o diretor, com base nos dois meses de pesquisa e no total de 237 depoentes.

Bem humorado, diz que não participaria do filme por não saber a resposta sobre a própria indagação:

Qual foi o principal critério para selecionar as 18 pessoas incluídas no filme?
Eduardo Coutinho 
Além de escolher as histórias mais fortes, fiz questão de ignorar meu gosto pessoal com relação às músicas. Não tive preconceito. Até comemorava quando entrava uma música mais brega.


Que lições você tirou depois de ouvir tantas músicas e histórias?
Coutinho
A música faz com que quase todas as pessoas se lembrem do passado, destaca um sentimento de reconstrução. Então digo que o passado é o presente. O passado nunca passa. A música te transporta para outro lugar, para outro mundo, para outro tempo. Clássica ou brega, a música é uma máquina do tempo. E esse tempo é sempre o passado. Por isso, a canção não vai morrer. A "canção" a que me refiro é a música junto com a letra. Isso não vai acabar nunca.


Algo o surpreendeu?
Coutinho
Sim. Fiquei besta em saber que a obra do Legião Urbana tem tanta penetração popular. “Pais e filhos” foi citada por duas pessoas. E as histórias baseadas nesta música eram muito poderosas. Só não entraram na montagem final por conta da duração do filme. Uma terceira pessoa ainda cantou outra música da banda. Vou inclui-las nos extras quando editar o DVD. Quero incluir pelo menos oito personagens no DVD, mas que ficaram de fora do filme.


Há um número maior de mulheres entre os depoentes selecionados...
Coutinho
Porque a mulher é outro ser humano. Se entrega, revela seus fracassos amorosos. O homem não, nunca conta quando é "corneado", traído. Por conta disso, cheguei a ficar com medo de restarem apenas mulheres na edição final.


E apenas um jovem...
Coutinho
Porque jovem não vive nem revive. Quando um jovem diz que rompeu com alguém, já corre para arrumar outro no dia seguinte. Mas isso muda depois dos 30 anos.


Grande parte das histórias trata de alguma perda ou alguma dor. Você chegou a se emocionar em algum momento?
Coutinho
Não. Não chorei em nenhuma das entrevistas. Procurava sempre manter a clareza para o público entender as histórias. Porque, às vezes, pode fica muito confuso. Mas sempre com frieza. Além disso, sabia que as pessoas iriam se sentir mais aliviadas depois de contarem aquelas histórias. E chorar junto iria atrapalhar. É um filme, mas, para elas, foi como um tipo de terapia.


Se participasse do seu próprio filme, cantaria o quê?
Coutinho
Ah, eu não tenho isso. Já me perguntaram isso outras vezes. Pensei, mas não sei a resposta. Além disso, eu canto muito mal (risos).
Chris Martin diz que novo álbum do Coldplay pode ser o último da banda
Quinto álbum do grupo será lançado em 24 de outubro.
Músico vê Adele e Justin Bieber como competidores.


Em entrevista ao jornal britânico "Daily Mail" neste domingo (16), Chris Martin afirmou que "Mylo xyloto", novo álbum do Coldplay, pode ser o último da banda. "Este pode ser o nosso último disco. É a destilação do trabalho de três anos e, no momento, não consigo imaginar como um outro poderia vir pela frente".

O vocalista do grupo britânico, que se apresentou no Rock in Rio, também afirmou ver Adele e Justin Bieber como competidores. "Agora temos Justin Bieber e Adele para competir e eles são bem mais jovens. Temos de ter uma energia para pôr em nosso trabalho maior que a deles. Se acabar, acabou, posso viver com isso. A coisa mais importante é sempre saber proceder, como se todo álbum fosse o último e não espera-se nada mais que isso".

"Mylo xyloto" traz o single "Everyteardrop is a waterfall" e uma parceria com Rihanna. Ele chega às lojas do mundo todo em 24 de dezembro.